Confronto Explosivo na Assembleia: Hugo Soares Desmascara André Ventura em Debate do OGE 2026!

O plenário da Assembleia da República foi palco de um confronto direto e acusatório de elevada tensão durante a discussão final do Orçamento do Estado para 2026. O líder parlamentar do PSD, Hugo Soares, desferiu um ataque frontal e sem precedentes contra o presidente do Chega, André Ventura, acusando-o de hipocrisia, mentira e populismo.

A intervenção contundente começou com uma crítica ao PS, Livre e Chega pela redução do IVA aplicado a obras de arte de luxo. Soares apontou o dedo, dirigindo-se diretamente aos deputados Rui Tavares e José Luís Carneiro, afirmando que essa foi a única descida de IVA que conseguiram aprovar. O tom, no entanto, subiu de intensidade quando o social-democrata virou o seu foco para André Ventura.

“Ó senhor deputado André Ventura, vamos lá pôr as coisas como elas são”, declarou Soares, acusando o líder do Chega de se habituar a “falar muito alto” e a dizer “as maiores mentiras do mundo” sem contraditório. Soares refutou categoricamente a afirmação de Ventura de que este orçamento aumenta impostos, garantindo que “não há um único imposto que aumente”.

A acusação mais impactante surgiu quando Hugo Soares abordou a crítica de Ventura à criação de grupos de trabalho pelo governo. O parlamentar do PSD revelou que o próprio Chega propôs e viu aprovados “cerca de 40 grupos de trabalho” no Orçamento de Estado para 2025. “Riam-se todos ou corram de vergonha”, desafiou Soares, dirigindo-se à bancada do partido de direita.

O líder parlamentar social-democrata não poupou críticas à medida emblemática da oposição sobre as portagens, apoiada por PS e Chega. Classificou-a de “populismo”, argumentando que as estradas deixariam de ser pagas pelos utilizadores para passarem a ser custeadas por “todos com os nossos impostos”. “Paga o rico, paga o pobre”, afirmou, considerando a medida injusta.

No meio do fogo cruzado, Hugo Soares defendeu a proposta orçamental do governo, destacando-a como positiva para jovens e trabalhadores. Enumerou o aumento da ação social escolar, o regime fiscal para jovens trabalhadores e a descida do IRS como pontos fortes. “Trabalhadores sabem que têm um governo que valoriza o seu trabalho”, sustentou.

O incidente parlamentar culminou quando André Ventura solicitou a palavra para uma “interpelação à mesa”, pedindo a distribuição da lista dos grupos de trabalho que o Chega propôs. O presidente da Assembleia, José Pedro Aguiar-Branco, aceitou o pedido mas advertiu que não permitiria um novo contraditório, ameaçando cortar o microfone.

A sessão, que deveria marcar o encerramento do debate do OGE, transformou-se num dos momentos mais agressivos da legislatura. A troca de acusações, particularmente as alegações de mentira e hipocrisia feitas por Hugo Soares a André Ventura, deixam o ambiente político ainda mais polarizado. O episódio promete ger fortes repercussões nos corredores do parlamento e no debate público.