ANDRÉ VENTURA FAZ CONFISSÃO CHOCANTE EM DIRETO: ‘NÃO RENUNCIAREI AO CHEGA SE FOR PRESIDENTE!’

Em declarações que prometem abalar a campanha presidencial, o candidato André Ventura afirmou, em entrevista em direto, que não renunciará à sua militância no Chega se for eleito Presidente da República. A revelação, que desafia convenções sobre a neutralidade do cargo, foi feita durante uma extensa e por vezes confessional intervenção onde delineou uma visão de uma presidência “interventiva” e demarcou-se frontalmente de vários líderes internacionais.

Ventura foi perentório ao responder se entregaria o cartão de partido. “Não, não entrego porque isso seria só para inglês ver. Eu vou continuar a ser do Chega”, declarou. Comparou a decisão a não deixar de ser “católico” ou “sócio de um clube de futebol” por assumir a presidência. No entanto, garantiu que o partido “terá que seguir o seu caminho” e que não manterá “os cargos” de liderança, insistindo que é possível ser um presidente ativo sem ser “fator de instabilidade”.

O candidato definiu o seu modelo de intervenção presidencial com exemplos concretos e contundentes. Afirmou que, se fosse Presidente hoje, já teria feito pressão para a demissão da ministra da Saúde, Marta Temido. Prometeu também bloquear a nomeação de ministros envolvidos em casos de corrupção, mesmo que isso criasse conflito com um governo. “Imagine Tomás [Tavares, o entrevistador] é primeiro-ministro, tem um ministro da Cultura envolvido num caso de corrupção. E eu digo-lhe, não vou aceitar este ministro”, ilustrou.

As afirmações mais explosivas surgiram na discussão sobre relações internacionais. Ventura afirmou que repetiria publicamente que não gosta de “estar com ladrões”, referindo-se ao presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva. Disse ainda que os presidentes do Brasil, de Angola e o chefe do governo espanhol “não vão ficar contentes” se ele for eleito. Sobre o líder angolano, João Lourenço, chamou-lhe “verdadeiramente um corrupto e um ladrão”.

“Chegou o momento de dizer a verdade às pessoas e de confrontar”, defendeu, criticando uma postura portuguesa de “cabeça baixa” há 50 anos. Rejeitou que esta frontalidade ponha em risco portugueses no estrangeiro, argumentando que o país “teria que ser capaz de defender os seus nacionais”. Contudo, admitiu que aceitaria visitar Angola ou Brasil no mandato, mas “diria o que tinha que dizer”.

Num momento de revelação pessoal inédita, Ventura confessou ter faltado aos dois primeiros dias da campanha das autárquicas para cumprir uma promessa religiosa. Revelou que, após um problema de saúde, prometeu ir ao Santuário de Medjugorje, na Bósnia e Herzegovina. “Entre cumprir a minha palavra e perder dois dias de campanha eleitoral, eu devia manter a minha palavra para com Deus”, justificou, sublinhando que a viagem foi pessoal e paga por si.

Esta confissão surge como resposta a críticas sobre a separação entre a esfera pessoal e o Estado. Ventura insistiu que distingue “o plano pessoal com o plano do Estado”, usando o exemplo para afirmar que, como Presidente, vincaria a “matriz judaico-cristã” de Portugal, mas não usaria o cargo para peregrinações pessoais. A entrevista pintou o retrato de um candidato que promete uma presidência de confronto, tanto a nível interno como internacional, desafiando diretamente o estilo diplomático do atual mandato.