Mãe de Mónica Silva acredita na condenação de Fernando Valente: “Não consigo perdoar”

Celeste Barbosa mantém a esperança na justiça e afirma que nunca perdoará o alegado homicida da filha, mesmo que revele o paradeiro do corpo

O julgamento do caso da grávida da Murtosa, um dos mais mediáticos dos últimos anos, aproxima-se do fim e as emoções estão ao rubro. Celeste Barbosa, mãe de Mónica Silva, a jovem grávida desaparecida em 2022, revelou a sua confiança na justiça e expressou, com firmeza, que não será capaz de perdoar Fernando Valente, o principal suspeito, mesmo que este venha a confessar ou a revelar onde está o corpo da filha.

Às portas da leitura do acórdão, que determinará se Fernando Valente será condenado ou absolvido, Celeste reafirma a sua dor e revolta. “A minha filha saiu de casa grávida e nunca mais voltou. Ele sabia o que fazia. Nunca vou perdoar, mesmo que diga onde está o corpo. O mal já está feito”, declarou, visivelmente emocionada.

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Mónica Silva estava grávida de oito meses quando desapareceu, em circunstâncias misteriosas, após se encontrar com Fernando Valente, seu antigo companheiro e pai do bebé. Desde então, o corpo da jovem nunca foi encontrado, apesar das buscas intensivas realizadas pelas autoridades. Fernando sempre negou envolvimento, mas o Ministério Público construiu uma acusação baseada em provas indiciárias e mudanças sucessivas nas versões do arguido.

O julgamento, que decorreu à porta fechada no Tribunal de Aveiro, gerou críticas pela falta de transparência e por alegadas irregularidades durante a investigação, incluindo denúncias de coação sobre testemunhas. Ainda assim, a família de Mónica espera que o tribunal reconheça a gravidade do caso e aplique a pena máxima.

Justiça / 'Caso Mónica Silva': Fernando Valente, um homem condenado ? -  Notícias de Aveiro

O veredito final será conhecido esta terça-feira e poderá ditar uma pena de até 25 anos de prisão para Fernando Valente. Para Celeste Barbosa, nada devolverá a filha, mas a condenação representará um mínimo de justiça perante a dor de uma perda irreparável.