Acusado do homicídio de Mónica Silva, Fernando Valente surpreende ao abandonar tribunal de Aveiro sem vigilância visível após nova sessão do julgamento

O julgamento de Fernando Valente, acusado da morte de Mónica Silva — a grávida da Murtosa — continua a atrair atenções por todo o país. Esta segunda-feira, 26 de maio, decorreu mais uma sessão no Tribunal de Aveiro, marcada por um momento inesperado: o arguido saiu do tribunal sem algemas e sem escolta policial visível.
A ausência de medidas de contenção física causou surpresa entre os presentes e rapidamente levantou questões sobre o tratamento judicial dado ao suspeito de um crime que chocou Portugal. Recorde-se que Fernando Valente está a ser julgado pelo homicídio de Mónica Silva, uma mulher grávida desaparecida em 2023, com quem alegadamente mantinha uma relação extraconjugal.

No decorrer da audiência, testemunhos chave foram ouvidos, incluindo o filho mais velho da vítima, que revelou em tribunal que a mãe lhe confessou que Fernando seria o pai do bebé. Além disso, foram apresentados registos de chamadas suspeitas feitas com um número secreto, alegadamente utilizado por Valente nas vésperas do desaparecimento da mulher.
Este julgamento tem sido envolto em mistério e emoção, com vários episódios marcantes, desde a recolha de provas até ao testemunho de um casal de pescadores que afirma ter visto Mónica e Fernando juntos na madrugada do desaparecimento, na Torreira.
Com o caso a avançar para fases decisivas, a atitude aparentemente descontraída com que Fernando Valente deixou o tribunal levanta dúvidas sobre o desenrolar do processo judicial. A sociedade continua atenta, à espera de justiça num dos casos criminais mais mediáticos dos últimos tempos em Portugal.