André Ventura, líder do Chega, fez uma declaração contundente durante uma entrevista recente, afirmando: “Não vou ser o Presidente que dissolve a AR até o Chega ganhar”. As palavras ecoam em um momento decisivo para a política portuguesa, com as eleições presidenciais se aproximando rapidamente.
Ventura, que se posiciona como a segunda força política do país, destacou a importância de sua candidatura como uma oportunidade de transformação no sistema político. Em um cenário onde o atual Presidente da República está hospitalizado, a questão da saúde dos candidatos à presidência surge como um tema delicado e relevante. Durante a entrevista, Ventura expressou suas dúvidas sobre a necessidade de exigir relatórios de saúde de candidatos, reconhecendo o interesse público, mas também a invasão da privacidade. “É uma questão pessoal”, disse ele, ponderando sobre a complexidade de tornar essas informações públicas.
A pressão aumenta à medida que Ventura se prepara para a eleição, onde ele se comprometeu a passar para a segunda volta, considerando isso uma questão de responsabilidade pessoal. Ele afirmou que a situação do Chega mudou desde 2021, quando o partido estava em uma fase de afirmação. Agora, com uma base eleitoral mais sólida, ele acredita que a expectativa é diferente. “Se não passar à segunda volta, falhei”, declarou Ventura, enfatizando que o Chega, como líder da oposição, deve ser ouvido e ter um papel ativo na política nacional. Ele defendeu uma revisão constitucional que permita um papel mais interventivo do presidente da República, sugerindo que o sistema atual é confuso e ineficaz.
Ventura também abordou a questão da imigração e segurança, prometendo vetar leis que considere prejudiciais ao país. Ele se posicionou firmemente contra o envio de tropas portuguesas para a Ucrânia, defendendo um apoio mais cauteloso e estratégico. A entrevista terminou com Ventura reiterando sua visão de um presidente que não se limita a ser uma “jarra de enfeitar”. Ele se comprometeu a ser um líder ativo, disposto a confrontar as injustiças e a corrupção, tanto em Portugal quanto nas relações internacionais. Com as eleições se aproximando, a mensagem de Ventura é clara: ele está pronto para desafiar o status quo e buscar uma mudança significativa no sistema político português. O futuro do Chega e sua influência nas próximas eleições está em jogo, e Ventura está determinado a não deixar essa oportunidade escapar.