Ventura ACUSA GALAMBA de Mentir
Em uma sessão tensa da comissão de inquérito, o deputado Ventura acusou o ministro Galamba de mentir sobre a articulação com o SIS, revelando um embate direto entre as versões apresentadas. A troca de acusações expôs a fragilidade na comunicação entre os ministérios, levantando questões críticas sobre a responsabilidade governamental.
Ventura afirmou que Galamba estava mentindo ao afirmar que não houve intervenção na questão do SIS. O deputado insistiu que o primeiro-ministro provavelmente havia instruído Galamba a contatar o SIS, o que contradiz a declaração da chefe de gabinete do ministro.
Durante a audiência, a CEO da TAP foi citada, e Ventura questionou a veracidade de suas declarações, sugerindo que houve uma tentativa de encobrir a verdade. A falta de clareza sobre quem realmente deu as ordens para o contato com o SIS intensificou as suspeitas sobre a integridade do governo.
Galamba defendeu-se, alegando que a articulação com o SIS foi feita sem seu conhecimento. No entanto, a confusão sobre as comunicações e as responsabilidades só aumentou, deixando a comissão em um estado de incerteza.

O clima se intensificou quando Ventura abordou a exoneração de um adjunto do ministro, questionando a ética de despedir alguém por telefone. Galamba, em defesa, afirmou que a legislação do trabalho não se aplicava a exonerações políticas, mas a resposta não convenceu a todos.
A comissão também discutiu um incidente envolvendo o roubo de um computador, com Ventura questionando a lógica de Galamba ao não ter contatado o ministro da Administração Interna imediatamente. As contradições nas declarações do ministro levantaram mais dúvidas sobre a veracidade de sua versão dos eventos.
Em um momento crítico, Ventura pediu que o diretor nacional da PSP fosse convocado para esclarecer as discrepâncias nas versões apresentadas. A insistência em obter a verdade deixou claro que a pressão sobre Galamba aumentava a cada nova pergunta.
O desfecho da audiência permanece incerto, mas a tensão entre as partes envolvidas e as acusações de mentiras e encobrimentos marcam um momento decisivo na política portuguesa. A população aguarda respostas, enquanto a credibilidade do governo está em jogo.
