André Ventura, líder do Chega, foi o centro de uma intensa troca de acusações durante um debate ao vivo, onde tentou desmascarar a hipocrisia dos seus adversários políticos. A tensão escalou rapidamente, com Ventura atacando diretamente o PS, o Bloco de Esquerda e outros partidos.
Durante a discussão, Ventura não hesitou em criticar o governo e questionar a capacidade de governabilidade da esquerda. Ele afirmou que o PS não deve contar com o apoio do Chega para viabilizar qualquer programa de governo, enfatizando que seria “completamente louco” considerar tal aliança.
A atmosfera ficou ainda mais carregada quando Ventura mencionou a corrupção envolvendo o ex-primeiro-ministro António Costa, relembrando os escândalos que marcaram o seu governo. Ele argumentou que a justiça em Portugal precisa de uma reforma urgente para lidar com esses casos de forma eficaz.

O líder do Chega também se dirigiu aos eleitores de direita, questionando se estavam satisfeitos com a atual administração e instando-os a escolher entre a continuidade do PS ou uma mudança radical com o Chega. A sua retórica incisiva visava galvanizar a base de apoio do partido, que espera um aumento significativo no número de deputados nas próximas eleições.

Ventura não poupou críticas ao Bloco de Esquerda e ao PCP, acusando-os de hipocrisia e demagogia. Ele destacou que esses partidos votaram contra propostas que, segundo ele, estavam alinhadas com os interesses da população, como aumentos salariais para polícias e trabalhadores da saúde.

A discussão culminou em um clima de incerteza política, com Ventura afirmando que o cenário mais provável é uma aliança entre o Chega e o PSD, caso as eleições não resultem em uma maioria clara para a esquerda. Ele reiterou que o Chega está preparado para liderar, desafiando seus opositores a se posicionarem claramente.
O debate acirrado reflete um momento crítico na política portuguesa, com as eleições se aproximando e a possibilidade de uma reconfiguração do poder em jogo. A pressão está sobre todos os lados, e o futuro político de Portugal pode mudar drasticamente nas próximas semanas.
