Jornalistas e leitores questionam se o hábito de fumar da comentadora pode ter sido determinante para a doença fatal que a vitimou
A morte de Constança Cunha e Sá, aos 67 anos, vítima de cancro do pulmão, foi confirmada no dia 2 de dezembro de 2025. A jornalista, presença constante no panorama mediático português nas últimas décadas, já tinha admitido publicamente num passado recente que fumava desde os 16 anos — descrevendo o tabaco como um dos seus prazeres.

Este dado levou vários órgãos de comunicação e comentadores nas redes a apontar o tabagismo como uma provável causa contributiva para o surgimento e agravamento da doença. Ainda que não exista confirmação pública de que o tabaco tenha sido o fator determinante para o cancro — pelo menos até ao momento —, sabe-se que o tabagismo continua a ser o principal fator de risco para tumores pulmonares.
Em declarações arrecadadas em entrevistas anteriores, Constança confessou que nunca tentou deixar de fumar:
“Fumo desde os meus 16 anos e para ser honesta nunca pensei nem tentei deixar de fumar.”
Este testemunho ganha agora uma outra dimensão à luz da tragédia. Para muitos — colegas, antigos leitores e profissionais de saúde —, a morte da jornalista torna-se um exemplo doloroso do impacto que hábitos de risco podem ter, mesmo em pessoas com destaque público e vida ativa.

Por outro lado, há quem chame à cautela: o facto de ter fumado durante décadas não garante que o cancro de pulmão tenha surgido exclusivamente por esse motivo. Doenças oncológicas dependem de múltiplos fatores — genéticos, ambientais, ambientais profissionais — e raramente se consegue apontar um único culpado.
Em qualquer dos casos, a história de Constança Cunha e Sá serve como um alerta — e reacende o debate sobre saúde pública em Portugal. Autoridades de saúde recordam frequentemente que cerca de 85% dos casos de cancro do pulmão estão associados ao consumo de tabaco. Para muitos, a jornalista ilustra tragicamente o custo humano dessas estatísticas.