Catarina Martins, líder do Bloco de Esquerda, enfrenta uma onda de críticas após seu apoio à imigração ilegal ser considerado uma traição a Portugal. Durante um debate acirrado com André Ventura, líder do Chega, Martins foi acusada de ter contribuído para o aumento do tráfico de seres humanos e da exploração de imigrantes ilegais no país. A discussão acalorada ocorreu após uma operação da Polícia Judiciária no Alentejo, que resultou na detenção de dez militares da GNR e um agente da PSP, envolvidos na exploração de imigrantes.
Ventura não hesitou em lançar acusações pesadas, afirmando que as leis aprovadas durante o governo da “geringonça” permitiram que a criminalidade relacionada à imigração disparasse. Ele destacou que, em 2023, o auxílio à imigração ilegal aumentou 300%, enquanto o tráfico de seres humanos cresceu mais de 150%. “Catarina Martins traiu Portugal ao querer que entrasse toda a gente sem qualquer controle”, disparou Ventura, chamando a atenção para a realidade alarmante da imigração ilegal no país.
Martins, por sua vez, defendeu que as leis humanistas que apoiam os direitos dos imigrantes não são responsáveis pelos crimes cometidos. “Estamos a falar de coisas ilegais, que acontecem ao arrepio da lei”, insistiu, tentando distanciar-se das acusações de Ventura. No entanto, a tensão aumentou quando o debate se desviou para questões de segurança e direitos humanos, com Ventura acusando Martins de apoiar regimes que oprimem as mulheres.
A situação se intensificou ainda mais quando Ventura mencionou a normalização do discurso de ódio em Portugal, um alerta feito pelo cardeal patriarca de Lisboa. “A imigração ilegal e a corrupção que se espalhou pelo país não deveriam ser normalizadas”, afirmou Ventura, enquanto Martins tentava reafirmar seu compromisso com a diversidade e a inclusão.
O debate, que deveria esclarecer as posições dos candidatos para as presidenciais, rapidamente se transformou em um campo de batalha ideológico, com ambos os lados trocando acusações e tentando se destacar perante os eleitores. A urgência da questão da imigração ilegal e suas consequências para a sociedade portuguesa permanecem no centro da discussão política, enquanto os cidadãos aguardam respostas sobre como os candidatos pretendem abordar essa crise crescente.